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terça-feira, 14 de julho de 2015

Que final safada, não?

       Não me julguem, sei que vou fazer uma reclamação inútil. É sobre o programa SuperStar (eu sei, eu sei, perdão!, eu acabei acompanhando essa bosta!), mas é breve. Não sou muito de ver bandas novas, assumo meu lado dinossauro e ouço basicamente o que eu conhecia até 1995, mais ou menos. Poucas são as bandas que conheci e gostei depois disso: Los Hemanos, System of a Down, Nevermore... 
       Bem, os caras não têm um estilo exatamente encaixado no que costumo ouvir, mas no início gostei da tal Scalene. Vi duas músicas deles e achei bem interessante. Infelizmente, nas últimas apresentações eu pude notar que eles adotaram um padrão escrotinho: só tocaram músicas que começavam mais devagar e depois cresciam, ganhando peso. Isso me irritou um pouco, não por ter nada contra esse tipo de estrutura, mas porque os caras claramente queriam agradar ao público com uma fórmula pronta. O que parecia interessante e diferente no começo ficou pra trás.
       De qualquer forma, eles eram disparados a melhor banda ali. Estou falando das composições, não de técnica instrumental ou qualidade vocal. Música boa é muito mais que isso. O vocalista é bom o suficiente para o estilo. Quem gosta do Dave Mustaine cantando sabe o que é um excelente vocalista ter uma voz de merda. E os caras foram no trabalho autoral do início ao fim. Teve uma banda que chegou até a penúltima semana da competição praticamente só executando músicas excelentes (tirando um lixo do Seu Jorge ou alguma outra que eu não tenha visto), mas sempre dos outros. Fala sério, banda de baile boa tem um monte por aí.


       E a final? Bem, começou corrigindo um equívoco. Os tais Dois Africanos foram eliminados na primeira rodada. Nada mais justo. Eles não deviam ter passado perto da final. O concurso não é de história interessante ou de quem é mais engraçadinho cantando, é de música, e as deles eram um prato de merda fumegante. Não dava pra entender nada do que falavam, fosse em português ou inglês. Arranjos chatos, estilo chato, momentos de pura palhaçada-pra-fazer-pular ("tá calor, tá calor"). Sobraram três, e a próxima eliminada foi a Versalle, que teve bons momentos, mas ainda mostrou certa inconsistência ao longo da competição. Sobraram aquelas em que eu apostava: Lucas & Orelha e a Scalene.
       Apesar de chegarem com a clara intenção de pegar carona com Claudinho & Buchecha, até por terem o mesmo nome Fulano-&-Parte-do-Rosto (e o tal Orelha nem é orelhudo!), e de fazerem um tipo de música que eu faço questão de passar longe, os moleques eram competentes naquilo. Podiam ganhar sem sustos, e até achava que eram os favoritos, por fazerem um tipo de música mais popular e por serem meninos com uma história que costuma comover a massa. Seria normal.
       Mas o que aconteceu não foi normal. Na última apresentação do Scalene, os caras foram sacaneados feio. Acredito que a primeira vez tenha sido até sem querer: o playback entrou no tempo errado e ferrou com o início da música. O vocalista se embananou e, com certeza, a banda perdeu votos das pessoas que estavam analisando cada apresentação e ainda não tinham um favorito já escolhido. Mas o segundo "problema" foi patético, de uma cara de pau poucas vezes vista. A porcentagem de Mateus & Nariz foi claramente roubada pra cima no meio da apresentação. A porcentagem sempre começa a subir forte pouco depois do início e após isso vai diminuindo o ritmo. Natural, a maioria vota logo de cara e, no final, tem pouca gente que ainda não votou. Durante a competição inteira foi assim. E o que aconteceu? Quando estava já começando a velocidade descendente, ali por volta dos 40 e poucos porcento, ela deu um salto alucinante. Rolou uma acelerada irreal e passou como um foguete pelos 55% da Scalene, parando de crescer nesse ritmo logo depois. Claro que era muito fácil pra produção fazer isso, já que nas rodadas anteriores as bandas ganhavam porcentagens extras (7%) de uma vez, quando os jurados as aprovavam.
       Enfim, os garotos até tinham qualidade e carisma pra ganhar, mas o final foi muito feio, foi ROUBADO!

3 comentários:

  1. Meu santo Deus! Eu sou seu aluno e, no momento, deveria estar estudando pro teste de amanhã ou dormindo como um "cerumano" normal, mas é impossível!
    Comecei a ler as coisas do blog com a desculpa "é do meu professor, vai me ajudar amanha de alguma forma", MAS NÃO, é completamente inútil e extremamente essencial a partir de hoje, você escreve absurdamente bem!
    Não consigo parar de ler, o senhor carrega boa parte da culpa por minha nota medíocre no teste de amanhã.

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    1. Bem, o CERTO é eu te dar um esporro: para de ler besteira e vai estudar, moleque! Mas, dane-se, vou agradecer: obrigado. :-)

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  2. Pensei a mesma coisa, assistindo o programa ..

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